Serei breve. Ou Bruno Cunha Lima muda a realidade atual da sua gestão ou sua gestão vai afundar com os planos da oposição em 2026. Isso mesmo. Com atrasos no pagamento de salário de servidores, de repasses para hospitais e de compromissos com fornecedores, ou seja, o descumprimento do básico, o atual modelo administrativo de Campina Grande não pode ser vitrine no debate da oposição contra o modelo do governo estadual que se pretenderá combater.

Imagine um candidato oposicionista elencando problemas da atual gestão estadual e o eleitor questionando se a solução estará no exemplo conduzido por Bruno em Campina. Se a eleição fosse hoje, a comparação seria um desastre. Imagine Efraim Filho, candidato ao governo e explicando os exemplos de gestão do União Brasil na Paraíba e tendo a gestão de Campina Grande de hoje como projeto piloto. Não me parece muito promissor. O mesmo vale para o próprio Bruno, caso alimente desejos majoritários. No cenário de hoje, ele teria dificuldades.

Bruno foi reeleito pela ausência de Romero Rodrigues na disputa. Disso, até o mais Cunha Lima dos Cunha Lima sabe.

O que pesa em favor de Bruno é o tempo. O prefeito ainda tem prazo – e dizem que empréstimos – para mudar esta realidade. Porque a de hoje nem o mais apaixonado dos seus seguidores consegue dizer de boca cheia que essa é a melhor gestão da história de Campina Grande, cujo modelo precisa ser espalhado para todo o estado, reproduzindo atraso no pagamento dos salários de servidores, fornecedores, hospitais…

Desculpem-me por ter me alongado. Esta realidade não cabe num soneto.



Luís Torres (Blog do Luís Torres)

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