Analistas políticos e interlocutores sempre foram certeiros ao dizer: quando o debate começar, veremos uma campanha diferente na disputa pela Presidência da República.

Mesmo alguns insistam na tese de que apenas a polarização é quem iria dominar a sucessão eleitoral, o confronto entre os candidatos promovidos ontem pela TV Bandeirantes mostrou que competição vai além.

Por mais de duas horas, o brasileiro pode confirmar aquilo que já seria notório entre os postulantes ao Palácio do Planalto.

Sem a mesma força que teve em 2018, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não tem mais a enorme plateia para gritar e jogar a discussão sobre Brasil no oba oba. Tenta repetir a estratégia, mas acaba no insucesso. Desqualifica a mulher, joga pelo método da agressão.

Ao confrontar Lula, acerta ao tocar na ferida que o petismo acha que já conseguiu sarar. Falando no petista, onde está a ‘tranquilidade’ tão falada por apoiadores do “presidente que iria vencer no 1º turno?”

Qualquer análise aprofundada poderia atestar que dificilmente Luiz Inácio seria eleito com facilidade. Cansado, o candidato do PT não empolga o eleitor que está em busca de opção.

Apesar do baixo desempenho nas pesquisas de intenção de voto, Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) tiveram boa desenvoltura.

Um pouco mais conhecido, Ciro demonstrou ter conhecimento sobre o que o país precisa. Veterano, o cearense, apesar do temperamento forte, transparece entender o que o país necessita.

A surpresa, talvez, está na senadora emedebista. Última colocada nas pesquisas entre os quatro que lideram a corrida para presidente, Simone Tebet foi quem melhor soube aproveitar o debate.

Com propriedade de fala e segurança, conquistou o cidadão indeciso. Os relatos são inúmeros. Ainda em 2021 uma liderança petista na Paraíba disse ao autor do Blog: se Simone entrar no páreo e tiver oportunidade, o jogo poderá apertar.

E começou. A parlamentar virou centro das artilharias dos “favoritos”. Com Ciro estagnado nas pesquisas, Lula e Bolsonaro já sabem que têm um alvo para combater.

Um mês pode não ser capaz para mudar o cenário que aí se apresenta, mas é tempo suficiente para embaralhar os planos de quem acreditava numa eleição tranquila.

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